PROTEGER A SERRA DA CAPIVARA
Em 1973,
arqueólogos descobriam, em uma das mais pobres regiões do Piauí, um
patrimônio que,
até hoje, ainda não foi totalmente descoberto! A cada ano as pesquisas, que
desde 1992, são ininterruptas, permitem a descoberta de novos sítios
arqueológicos, novas espécies de animais, de plantas, monumentos geológicos
de uma beleza e grandiosidade incomparáveis. Essas pesquisas, inicialmente
financiadas pela França, desde a década dos 90, recebe também financiamento
do governo federal brasileiro.
Em 1978, após cinco meses
de trabalho de campo, os pesquisadores enviaram a Brasília um relatório
mostrando a importância da região, não somente para o conhecimento da
pré-história do Brasil, como também para a preservação da caatinga e de um
meio ambiente diferenciado e bem conservado. O governo federal, em 1979,
criou o Parque Nacional Serra da Capivara, mas nenhum funcionário foi
nomeado para se ocupar da unidade de conservação e não foram alocados
recursos para sua proteção.
Em razão do estado de
abandono do Parque, em 1986, os pesquisadores da Missão Franco Brasileira do
Piauí, criaram a Fundação Museu do Homem Americano – FUMDHAM que, desde
então, luta para proteger o parque e promover o desenvolvimento econômico e
social da região.
Em 1991, a UNESCO declarou
a Serra da Capivara como Patrimônio Cultural da Humanidade e, a partir dessa
data, a FUMDHAM, a pedido do governo federal, assumiu a responsabilidade de
proteger e manter esse Patrimônio.
Durante todos esses anos,
a FUMDHAM conseguiu manter toda a enorme infra estrutura que construiu no
Parque para permitir o desenvolvimento do turismo, a proteção à fauna e,
sobretudo, a proteção e conservação dos sítios com arte rupestre.