sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Apostila - 4ª. Unidade – 3os. Anos- P.E.



Conduta Profissional
O objetivo desta unidade é fazer com que você, aluno do 3º. Ano do EM compreenda a importância de se adequar a uma conduta profissional pautada na ética, no cumprimento das normas de uma organização e na atuação profissional responsável.
A Ética pode ser compreendida como um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade).
Pode ser compreendida também como o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral).
A ética organizacional – o conjunto de regras e valores que orientam o comportamento dos funcionários de uma determinada organização - pode ser entendida como um valor da organização que assegura sua sobrevivência, sua reputação e, consequentemente, seus bons resultados.
Aplicar a ética nas profissões e organizações é considerado um fator importantíssimo para a sobrevivência das mesmas, inclusive de pequenas e grandes empresas. Estas vêm percebendo a necessidade de utilizar a ética para que o “público” tenha uma melhor visualização do seu “slogan”, que permitirá ou não, um crescimento da relação entre funcionários e clientes.
É relevante ter consciência de que toda a sociedade vai se beneficiar através da ética aplicada dentro da empresa seus clientes, fornecedores, sócios, funcionários e o governo entre outros. Se a empresa agir dentro dos padrões éticos, ela só tende a crescer estruturalmente e promover o crescimento dos que a compõem.
A ética na empresa visa também garantir que a convivência no ambiente de trabalho seja respeitosa e agradável.
Ética no Ambiente Profissional
Adotar uma postura profissional não parece exigir muito de quem se propõe a investir nisso. Algumas dicas simples podem ajudar o profissional:
(1) Apresentação pessoal. Musiquinhas fofas no celular, longos papos com a melhor amiga no telefone, e-mails extensos, decote arrasa-quarteirão, sandália de tiras finas e salto são coisas que algumas mulheres adoram. Mas, sentimos informar, devem ser evitadas no ambiente de trabalho. Por mais informal que seja a sua empresa, há uma expressãozinha chamada etiqueta corporativa que pode acabar derrubando a mais competente das profissionais. É, apenas técnica não basta. Para se destacar no disputado mercado de trabalho, aspectos comportamentais contam. E muito! No trabalho, o fundamental é transmitir sobriedade, estilo e, principalmente, respeito e afinidade com o ambiente.
A vestimenta deve ser discreta e harmoniosa. As mulheres devem evitar roupas complicadas e coloridas, assim como os excessos de detalhes e bijuterias, os decotes, as roupas justas, transparentes e
ousadas. Os homens devem estar sempre bem barbeados, cabelos curtos, sem brincos. Para não errar, é recomendável fazer a opção pelo figurino básico. Para ambos os sexos, a pele, os cabelos, a roupa e a própria postura têm uma enorme importância na construção de uma boa impressão. Os jovens devem evitar trabalhar de calça jeans surrada demais, desbotada ou rasgada, assim como tênis sujo ou furado.
Tatuagens e piercings não são bem aceitos em grande parte das empresas, por isso não os deixe em exposição.
(2) Pontualidade. Chegar na hora é sinal de respeito com o outro. Mesmo que esse outro seja um atrasado convicto, é imprescindível agir de forma exemplar. Afinal, num mundo em que a ordem do dia é administrar bem o tempo, um pequeno atraso de alguns minutos pode ser bastante problemático e revelador de descaso. Se você sempre se atrasar, poderá ser considerado indigno de confiança e perder boas oportunidades de carreira. Infelizmente, em muitas empresas julga-se o caráter e a competência de um funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua produtividade ou habilidades técnicas/gerenciais.
(3) Responsabilidade e administração do tempo. Administração do tempo não e uma técnica, mas sim um comportamento.
Não existe nenhuma técnica milagrosa ou mágica e nem programa de computador ou agenda eletrônica que resolva o problema da má administração do tempo. Administrar o tempo e comportamento, é a atitude assertiva diante de uma tarefa. Não existe a “administração
do tempo no trabalho”. O tempo é um recurso constante no nosso dia-a-dia. O tamanho de uma hora ou de um minuto é o mesmo, esteja você em uma reunião de trabalho ou jogando uma partida de baralho. Os nossos dias sempre têm vinte e quatro horas e, nesse, espaço de tempo, você tem que se dedicar, além do trabalho, ao lazer, à família, à sua saúde, ao seu desenvolvimento, ao seu relaxamento,
ao seu descanso. Portanto, nós administramos o tempo de nossas vidas e nao do trabalho. O trabalho é uma das atividades que temos durante as nossas vinte quatro horas diárias de vida. Raramente encontraremos uma pessoa que administra bem o tempo em seu trabalho, mas não consegue fazê-lo em sua vida pessoal ou vice-versa. Ou você administra o seu tempo ou não administra. “Seu tempo” significa o tempo de sua vida e não o tempo dedicado ao seu trabalho.
Um dos grandes problemas que as pessoas percebem na administração do tempo é não saber diferenciar três elementos distintos: urgência, importância e prioridade. Urgência está ligada ao tempo, ao prazo de início e de execução da tarefa. Uma tarefa pode ser mais urgente ou menos urgente, dependendo dos prazos que ela tem. Importância é o quanto aquela tarefa irá agregar aos nossos objetivos profissionais ou pessoais, dependendo da tarefa. A prioridade da tarefa surge a partir da combinação de seu grau de urgência e importância.
Executamos muitas tarefas no nosso dia-a-dia, principalmente aquelas que não têm urgência e nem importância e que, se não as fizéssemos, não faria a mínima diferença. Mas, muitas vezes, continuamos a fazê-las por não saber dizer “não”, seja para o nosso interlocutor, seja para nós mesmos. Temos que entender que isto só prejudica a administração do nosso tempo. Temos que ter coragem para negar essas coisas “alienantes”, dizendo “não” da melhor forma possível, não criando nenhum choque de relacionamento, mas com convicção, coerência e com a argumentação certa.
Alguns recursos como a agenda, a secretária eletrônica e o e-mail são ferramentas que auxiliam muito na administração do tempo. Porém, se mal utilizados, eles podem ser tornar um grande vilão. Saiba qual o melhor tipo de agenda, saiba qual a melhor forma e quando utilizar a secretária eletrônica, saiba utilizar eficientemente o e-mail. Pense nisto e comece a praticar logo. Isto é urgente e importante, ou seja, uma prioridade.
(4) Cordialidade e boa educação. O importante é saber que ser cortês é uma prática mais fácil do que se imagina. Fique atento quanto à sua maneira de cumprimentar as pessoas, de andar, de se sentar, suas atitudes, gestos, movimentos, o tom de voz e a forma de se expressar. Vivemos numa época em que bons vínculos são um ativo importante para o profissional: ajuda a trabalhar em equipe, a desenvolver uma rede de relações, a acessar informações.
(5) Relações interpessoais. Um ótimo relacionamento interpessoal no trabalho é imprescindível para o profissional que almeja o sucesso. Porém, cuidado com as famosas “panelinhas”. Procure se manter neutro aos “burburinhos”. Jamais seja “pombo correio” de informações. O que falarem para você, guarde. Não fale de pessoas, fale com pessoas; não fale de pessoas, fale de princípios.
Nessas horas, procure apenas dizer algo como: “Isso é complicado, mas cada um sabe o que faz”. Você vai perceber que, quando passa a não alimentar certos comportamentos, as pessoas param de trazer esse tipo de “informação”, pois já que você não toma partido, simplesmente perde-se a graça. E com essa atitude você irá conseguir manter uma postura neutra e profissional.
É preciso ouvir mais as ideias de seus colegas, pois muitas ideias aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvir as pessoas e avaliar a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições e principalmente dar crédito a quem realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos elogios pelo trabalho realizado por outras pessoas sem sequer repassar os mesmos ou citar o nome dos colegas que contribuíram para tal,
e isso é ser antiético, pois se está aceitando um elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou tarde, o mesmo será reconhecido e você ficará com fama de mau-caráter. E atenção: caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque cumprimentos, mantenha distância e não comente com outros a antipatia que sente. Isso minimiza os atritos e evita que os outros reparem a incompatibilidade e façam fofocas.
(6) Relações Emocionais ou amorosas entre colegas de trabalho. Este assunto foi, é e sempre será muito polêmico, pois dependendo da diferença de hierarquias entre o casal, com certeza surgirão comentários maldosos. Portanto, ao se relacionar com um colega de trabalho tome os seguintes cuidados: você e um colega se apaixonaram: se a empresa não proíbe namoro entre funcionários e vocês são desimpedidos, não vale a pena esconder. Os colegas desconfiam, descobrem e fofocam; enquanto estiver na empresa evite os apelidos carinhosos e telefonemas melosos. Nada de “fofo”, “lindinha”, “bebê” e “neném”; não constranja os colegas nem cause falatório criando situações para ficar a sós com seu amado ou sua amada; cenas de ciúme e bate-boca são péssimas para sua imagem na empresa; se brigar com ela (ele), deixe a cara fechada e a reconciliação para fora da empresa. Seu romance não é novela para ser acompanhado capítulo a capítulo; não policie os horários da (o) sua (seu) parceira (o) e
muito menos crie empecilhos para que ela (ele) almoce com colegas ou superiores.
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Você e o chefe se apaixonaram: em muitas empresas, trata-se de amor proibido. Vocês podem tentar escondê-lo por um tempo, mas correm sérios riscos; do ponto de vista ético, o melhor a fazer é pedir rapidamente uma transferência de departamento, já que o romance pode comprometer o trabalho. Se não for possível uma transferência, a saída mais correta é um dos dois pedir demissão. Durante o período de impasse, ajam com absoluta discrição, pois os fofoqueiros de plantão adoram comentar sobre situações como essa.
(7) Uso do telefone. Ao se utilizar o telefone na empresa devemos tomar alguns cuidados, tais como: dar toda a atenção à pessoa que ligou sem ficar distraído com outras atividades em paralelo; evitar intimidades com a pessoa que está do outro lado da linha, pois isso poderá causar constrangimentos com os colegas que estão ao seu redor; ao falar ao telefone, você é julgado pela dicção, capacidade de articular pensamentos e por tratar os outros com cortesia ou não. A voz deve ser alegre, clara, calorosa e em bom-tom, nem alta nem baixa demais; ao atender telefonemas alheios, anote o recado escrevendo o nome da pessoa que ligou, o número do telefone, o assunto e a hora; não faça ligações pessoais demoradas; não entre em discussões por telefone; retorne as ligações, mesmo que você não conheça quem deixou recado; se estiver ocupado, não tenha medo de interromper a conversa, diga que não pode falar e que ligará em seguida e não esqueça de retornar a ligação.
Todos estamos sujeitos a ter de atender a um telefonema com alguém ao lado. Quando for inevitável, procure fazer com discrição, nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal do telefone; jamais deixe alguém esperando na linha, melhor dizer que está ocupado e que retornará a ligação depois; se a linha cair não se preocupe, pois a responsabilidade de ligar novamente é de quem telefonou.
O celular é um outro ponto que merece atenção, pois em vez de ser usado a favor da produtividade, o celular costuma ir contra ela: reuniões interrompidas, toques musicais que atrapalham a concentração e ligações indesejáveis em almoços de negócios. O uso do celular deve ser extremamente restrito no ambiente corporativo. É imprescindível que o profissional dê preferência a toques discretos a musiquinhas e sons chamativos. O volume da campainha também deve ser o mais baixo possível.
(8) Uso da Internet. O acesso à Internet e o uso de e-mail tornaram-se parte indispensável do trabalho, abrindo uma porta para distrações. Um número crescente de funcionários de empresas usa suas contas de e-mail para enviar mensagens de conteúdo pessoal e a Internet para, por exemplo, fazer compras.
Várias empresas começaram a reprimir esse tipo de conduta, impondo regras de conduta para o uso das conexões de alta velocidade de que geralmente dispõem. O esforço tornou-se ainda mais importante quando empresas começaram a ser atingidas por vírus de computador levados para dentro de suas redes por e-mails ou por navegação irregular na Internet.
Sobre a má utilização da Internet durante o expediente, sabe-se inclusive de casos de demissão por justa causa devido ao acesso a sites impróprios. Também se contesta sobre o uso indevido do e-mail fornecido pela empresa apenas para uso estritamente profissional. O entendimento - quando o e-mail tem no domínio o nome da empresa - é de que não se trata de uma correspondência particular do funcionário, mas uma correspondência encaminhada a empresa aos cuidados do funcionário. No mesmo sentido é a conclusão acerca da utilização da Internet: tal ferramenta deve ser utilizada exclusivamente para assuntos relacionados à atividade profissional desenvolvida pelo empregado.
No aspecto Internet, a utilização do e-mail é algo extremamente polêmico e atualmente se discute muito sobre o direito das empresas monitorarem os e-mails de seus funcionários, violando assim sua privacidade. Então, é importante que se tenha alguns cuidados ao se utilizar o e-mail fornecido pela empresa: nunca escreva algo que possa constrangê-lo depois, evite intimidades e escreva aquilo que você falaria pessoalmente para a pessoa; verifique sempre a gramática e a ortografia do texto antes de enviá-lo, pois não existe nada pior do que um texto cheio de erros; seja claro e objetivo, pois hoje em dia ninguém tem tempo para ler textos extensos demais ou ficar pensando em palavras fora de contexto; jogue fora todos aqueles e-mails que não servem para nada, como malas diretas, correntes e piadinhas infames e só responda àqueles que realmente mereçam sua atenção; não mande correntes,
piadas - obscenas ou não - e pegadinhas por e-mail.
(9) No exercício do cargo / função. Jamais use seu cargo, função, atividade, posição ou influência como fim de obter qualquer favorecimento para si ou para outros. Busque o melhor resultado mantendo sempre uma atitude transparente, de respeito e colaboração com os colegas de trabalho. Procure saber como seus superiores trabalham e como gostam que seus colaboradores exerçam suas atividades, pois dessa maneira você poderá guiar suas atitudes e reações; deixe claro quais são as suas funções, principalmente se elas incluírem obrigações pessoais e particulares. Sobretudo, no caso de secretárias e assistentes que são encarregados de controlar as contas do chefe, organizar agenda, comprar presentes para os familiares, etc.; caso tenha afinidades ou amigos em comum com o seu chefe, não há mal algum em fazer comentários pessoais, mas seja discreto e tome cuidado para não parecer inconveniente nem puxa-saco; reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala correta é: “não foi um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o acontecido”.
(10) Intimidações. Jamais tolere ameaças ou assédios de qualquer tipo; não se submeta a situações de assédio moral (entendido como o ato de desqualificar repetidamente, por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do empregado em função do vínculo hierárquico) e denuncie o assediador; respeite a hierarquia, porém informe imediatamente à gerência superior qualquer comportamento irregular, desde que devidamente fundamentado; comunique imediatamente aos seus superiores hierárquicos, para que tomem as providências cabíveis, qualquer aliciamento, atitude ou omissão que julgue contrários ao interesse da empresa; não ceda a pressões que visem a obtenção de vantagens indevidas.
(11) E, balizando tudo isso, ter uma conduta etica irrepreensível, o que significa saber que tudo o que fazemos e falamos em relação a nós mesmos, ao colega, à empresa, à sociedade, funciona, para quem nos ouve, como credencial. Se não for de boa qualidade, todo mundo nota. Ser ético o é antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes, abrir mão de algumas coisas e perder algo.
Mas é bom não esquecer: Nada disso tem sentido se a postura profissional não estiver refletindo uma maneira pessoal legítima de se comportar. Você não conseguirá sustentar por muito tempo um “personagem” desenvolvendo um papel. É fundamental o seu empenho para internalizar conscientemente a postura adequada e agir naturalmente.

Fonte: Jovem Enter Plus (www.enterjovemplus.org.br.)

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